Estive a cismar se os asteriscos no título não ficavam, tipo, COMPLETAMENTE FOLEIROS!... Mas depois achei que sem eles o blog perderia toda a sua Mariano-bimbalhice.

sábado, 3 de março de 2007

Bill Bryson: um génio roliço

Ah, este homem deixa-me maluca.



Ok, talvez não fisicamente... Anyway, aqui ficam alguns factos desencantados por ele, que fazem parte das infinitas razões para ler Bill Bryson:

Nos E.U.A. mais de 400 000 americanos sofrem lesões relacionadas com camas, colchões ou almofadas. São quase 2000 lesões diárias! Por causa de camas, colchões ou almofadas!

Não, não, é melhor lerem de Bill Bryson mesmo (se quiserem, mas fiquem a saber que vale MESMO a pena):


"Reparem neste caso. Em 1992 (último ano para o qual há dados disponíveis) mais de 400 000 pessoas nos Estados Unidos foram feridas por cadeiras, sofás e sofás-cama. Que conclusão podemos tirar disto? Será que nos diz algo não muito abonatório sobre o design moderno do mobiliário ou será apenas que os americanos são muito descuidados quando se sentam? O certo é que o problema se está a agravar. O número de acidentes com cadeiras, sofás e sofás-cama aumentou a um ritmo de 30 000 no último ano em que há dados, o que é uma tendência bastante preocupante, mesmo para aqueles que são sinceramente intrépidos diante de textéis de decoração. Claro que isto pode ser o fulcro da questão, o excesso de confiança.

Previsivelmente, a categoria mais animada era «escadas, rampas e patamares» com mais de dois milhões de surpreendidas vítimas. Contudo, há objectos perigosos bastante mais benignos do que as suas reputações podiam prognosticar. Há mais pessoas feridas por equipamento de som (46 022) do que por skates, trampolins (43 365) ou mesmo por navalhas ou lâminas de barbear (43 365). Uns meros 16 670 talhantes hiperactivos acabaram magoados por machadinhas ou machados, e até as serras e as serras-eléctricas se responsabilizaram por umas modestas 38 692 vítimas.

As notas e moedas (30 274) fizeram quase tantas vítimas quanto as tesouras (34 062). Ainda posso imaginar que se engula uma moeda de dez cêntimos e depois se deseje não o ter feito («Malta, querem ver um truque muito fixe?»), mas de modo nenhum consigo imaginar um cenário hipotético que envolva dobrar uma nota e uma subsequente visita às urgências. Seria interessante conhecer alguma destas pessoas.

Gostaria também de conversar com quase todas as 263 000 pessoas que se feriram com tectos, paredes e painéis interiores. Não acredito que alguém ferido por um tecto não tenha uma história que valha a pena ouvir. Da mesma forma que arranjaria um tempinho para qualquer uma das 31 000 pessoas feridas pelos seus «aparelhos de toillete».

No entanto, quem eu realmente gostaria de conhecer são os 142 000 desgraçados que receberam tratamentos de urgência por ferimentos infligidos pelo seu vestuário. De que tipo de coisas poderão padecer? Fractura «pijamal» múltipla? Hematoma de calças de fato de treino? Vejo-me impotente para especular."


Hilariante. E pronto, foi um pequeno (mas grande) excerto do livro de Bill Bryson "Notas Sobre Um País Grande". Espero que tenham gostado se o leram.

Um pequeno post scriptum: Provavelmente a música aqui no blog não está a dar, mas eu já tentei resolver o problema e não consegui... o problema é do QuickTime, não é do HTML! Enfim, tenho de me conformar com a minha capacidade limitada... Estou aberta a ajudas e dicas! Bjs***